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Nos últimos meses, um movimento passou a tomar conta das redes sociais e dos corredores das organizações sem que as lideranças tomassem consciência. O Quiet Quitting (demissão silenciosa) se tornou em diversos países uma tendência do mundo corporativo, onde todos os colaboradores que adotam o movimento passam a trabalhar estritamente nas funções as quais foram contratados, nem mais ou nem menos esforço.

Este movimento foi criado como um protesto à cultura do trabalho excessivo e abusivo, com horários que vão além da jornada comum e inúmeras demandas de projetos que são solicitadas por meio da chefia, mas estão fora das funções de atuação iniciais, tirando o tempo de lazer e descanso, consideradas tão primordiais pelos colaboradores que defendem o Quiet Quitting.

Conheça um pouco mais sobre esse movimento que tomou conta dos corredores das organizações e abriu os olhos de gestores e RHs sobre como é possível tornar o dia a dia de trabalho mais acolhedor.

O que é o Quiet Quitting e como surgiu?

O termo surgiu nas redes sociais, em especial no Tik Tok, como uma maneira de protestar contra os workaholics, que um dia tanto foram exaltados por muitas horas trabalhadas, alta produtividade, entrega de resultados e muitos projetos de sucesso no currículo, deixar o chefe orgulhoso pelo seu desempenho e aceitar trabalhar demais para alcançar cargos mais altos dentro das empresas as quais trabalham.

O movimento tomou força por conta da identificação do assunto entre muitas pessoas que discordam de um estilo de vida focado no “viva para trabalhar”, colocando hobbies e família em segundo plano e desperdiçando um tempo precioso de descanso e outras tarefas que proporcionam prazer e bem-estar. E no Quiet Quitting, apesar de a tradução livre remeter à um processo de demissão silenciosa, se resume no desejo de ter um emprego que não exista abusos por parte dos gestores, e não a induzir um auto desligamento por ocupar uma cadeira e não trabalhar.

Dessa forma, o colaborador que aderiu à “demissão silenciosa” passou a não sacrificar seu tempo em nome dos seus empregadores ou da empresa para a qual trabalha. Ele passou a ajustar sua jornada de trabalho estritamente aos horários pré-definidos em contrato e a fazer exatamente – e nada mais além – ao que se refere às suas funções ou para o que foram contratados, sem realizar favores para aquele colega do outro departamento ou aceitar um projeto inicialmente fora do escopo de atuação.

Como o Quiet Quitting afeta o colaborador e a empresa

Além de funções de trabalho, a prática polêmica vai na direção do bem-estar e da saúde mental. Ao longo de muitos anos, os trabalhadores ficaram doentes por conta de rotinas exaustivas nos escritórios, pressões por entrega de resultados em prazos curtos e demanda por alta performance, criando trabalhadores compulsivos.

Como resultado, surgem as doenças que desde a pandemia do Covid-19 apresentou picos nunca vistos e tomaram conta das páginas de saúde. O Burnout, que é a síndrome de esgotamento profissional por excesso de trabalho e a depressão já tão falada, foi uma das doenças mais acometidas aos workaholics. O tema veio para levantar a discussão de possíveis abusos de excesso de trabalho nas organizações para evitar que surjam complicações por doenças mentais, que em alguns casos trazem problemas irreversíveis ao trabalhador.

E indo mais além, as consequências de excessos de trabalho e surgimento de doenças mentais se voltam contra a própria empresa, que tem a produtividade e entregas de resultado do coletivo seriamente comprometidas, interferindo em relacionamento e entregas para clientes e fornecedores, atrasos em projetos e perda de faturamento, levando à demissões por falta de demandas e, em casos mais sérios, fechamento de departamentos.

Como o Rh pode ajudar na situação

O RH é praticamente o coração da organização. O departamento e seus especialistas são responsáveis por entender as dores de suas equipes e desafios para a empresa seguir crescendo mês a mês em performance, qualidade de vida, clima organizacional e tantos outros indicadores que são essenciais para a leitura dos avanços da corporação.

Entre os indicadores importantes também está o turnover que, por consequência de frustrações e pressões sobre os colaboradores, resulta em baixa nas carteiras e alta rotatividade de pessoas. O RH tem o papel de lembrar o time do quanto cada membro é importante individualmente e em grupo, e muitas vezes essa lembrança vem por meio dos benefícios corporativos.

Os benefícios corporativos são uma forma de bonificação recorrente ou pontual que gera maior sensação de valorização do trabalho dos colaboradores no dia a dia da corporação, e incentiva o empregado a pensar duas vezes antes de pedir desligamento de onde trabalha.

Além disso, eles são uma forma de acolhimento às equipes, especialmente em momentos de cumprimento de metas ou em que um mimo se faz necessário.Vales Presentes são muito bem-vindos, pois permite que o colaborador tenha boas sensações fora do ambiente de trabalho, conectado à boas sensações por meio da empresa, seja comprando uma roupa nova ou tendo um momento especial em um restaurante.

O Quiet Quitting é um movimento global, mas ele não precisa estar presente na sua organização se o RH promover o seu papel transformador junto às pessoas e utilizar dos meios certos de engajamento de cultura e missão.

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