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A pandemia do Covid-19 levou todos os profissionais a trabalharem dentro de suas casas, contrariando mitos de que exercer funções corporativas à distância não seria possível e muito menos produtivo para resultados. Após três anos e muitas discussões sobre o assunto, se entendeu que esta era a solução de sucesso para alguns segmentos, mas para outros ainda era impensável de ser mantida em prática. No entanto, o que deu certo no mercado foi o trabalho híbrido, aquele com parte dos dias trabalhados em regime presencial e o restante de forma remota, longe dos escritórios.

De acordo com pesquisa da Korn Ferry, quase 70% das empresas americanas dizem que planejam adotar alguma forma de trabalho híbrido para os seus colaboradores. O fato também é que não só as empresas, mas também os profissionais, que passaram a dispensar empregos totalmente presenciais e optar pelos híbridos ou 100% remotos, estão buscando adotar estas práticas.

E com tantas empresas aplicando modelos de trabalho e rotinas corporativas à distância, o RH e as lideranças precisam, de certa forma, precisam ter muita habilidade e jogo de cintura para manter um grande avião, que é a empresa, voando sem turbulências e com todos os indicadores de gestão de pessoas sob controle.

 

Como o trabalho híbrido afeta a gestão de RH

O futuro do trabalho é híbrido. É o que concluiu o estudo Work Anywhere, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), analisando os efeitos de milhões de pessoas atuando de suas casas e qual foi o panorama gerado na cultura corporativa no pós-pandemia. De fato, muitos colaboradores e gestores têm elogiado esse modelo, alegando que é possível, sim, manter produtividade mesmo longe dos escritórios.

Mas, ao mesmo tempo que os colaboradores respondem para as empresas centenas de demandas de suas casas em qualquer lugar do mundo, os RH’s, departamento tão importante da corporação, precisam desenvolver metodologias complexas para acompanhar e desenvolver tantos profissionais que não fazem contato pessoal e permanecem distantes das rotinas minuciosas dos escritórios.

Em um passado não muito distante, era mais fácil realizar tarefas rotineiras do RH quanto à gestão de pessoas, como avaliar desempenhos profissionais, satisfação de equipes, medir causas de turnover, identificar gaps de treinamento e até atuar na gestão de saúde corporativa de forma efetiva.

Mas, agora com o regime de trabalho híbrido, identificar talentos, garantir bom clima organizacional e manter a cultura da empresa alinhada são alguns dos muitos desafios a serem superados nesta nova realidade de trabalho vivida hoje.

 

O papel dos gestores de RH é tornar esta transição de modelo de jornada a mais tranquila possível, e ser o braço direito dos colaboradores que atuam na corporação. Isso porque, muitas vezes, além do líder direto, o único departamento de referência para informações confiáveis sobre a empresa é o próprio RH.

Então, é de fundamental importância que os Recursos Humanos redesenhem suas entregas de forma que seja possível atender aos colaboradores de perto e de longe.

 

Quais as vantagens do trabalho híbrido e como aplicar na empresa?

As organizações têm adotado este modelo especialmente por suas vantagens. Entre as principais, estão a redução de custos devido menor uso de equipamentos tecnológicos e estruturas, como água, luz e aluguéis. Alguns escritórios, inclusive, têm optado por alugar coworkings para momentos específicos de reunião das equipes.

Para que tudo funcione conforme o planejado, o RH deve ter um bom direcionamento para aplicação das práticas de trabalho híbrido, e aqui vão algumas dicas:

 

Treine e oriente líderes

Dessa forma, para que o RH tenha um papel ativo e efetivo com a gestão de pessoas, precisa contar com o apoio dos líderes e gestores das diferentes áreas atuantes na empresa.

A capacitação e treinamento destas lideranças se faz essencial para que atuem como intermediários entre o RH e os colaboradores, garantindo que processos, culturas e indicadores sejam os mais fiéis possíveis aos originais quando executados, gerando os resultados esperados.

Em casos como esses, mensagens de e-mail, intranet e outras ferramentas de comunicação devem ser mais frequentes com estes líderes a fim de manter o suporte necessário aos gestores.

 

Prepare membros do departamento de RH

Adequar a equipe de RH para aplicar as melhores práticas de gestão à distância também será crucial para que seja possível alcançar as expectativas de todos os lados, seja das lideranças, diretores ou colaboradores.

A preparação do time pode envolver muitas frentes de atuação, desde um colaborador que está passando por crises de isolamento, até o controle de produtividade devido à falta de engajamento com os horários estipulados.

Sendo assim, todos os membros do RH devem se sentir preparados para enfrentar situações diferentes e tomar as atitudes corretas até que seja natural para os times lidarem com estas novas diretrizes de atuação.

 

Revisite práticas de recrutamento e seleção ao adotar o trabalho híbrido

Em algumas empresas, mudar o modelo de trabalho pode implicar na forma com a qual as equipes trabalham. Pode haver descontinuidade de departamentos e outros podem surgir, impactando no RH e as formas com as quais ele recruta e seleciona colaboradores.

Dessa maneira, reunir os membros atuantes para revisar processos deve estar entre as ações previstas como objetivo de gerar bons resultados com a atuação em regime híbrido.

 

Ajustes de ações para controle de turnover

À distância é muito difícil engajar colaboradores e mantê-los motivados a seguirem entregando suas demandas com qualidade e empenho desejados.

Para manter os níveis adequados na retenção de talentos, é importante ajustar e relembrar os colaboradores sobre quais são as propostas da empresa com esse regime de trabalho. Revisitar cada um dos benefícios dessa cultura se faz necessário para não frustrar RH e empregados.

 

Adeque expectativas

O RH deve adequar expectativas com os líderes de departamento e, consequentemente os colaboradores sobre os benefícios, características e regras a serem seguidas com o trabalho híbrido.

Ter todos os pontos amarrados garante maior efetividade na aplicação do regime, evita mudanças repentinas e mantém todos de acordo com as implementações necessárias para operar o trabalho de longe do escritório.

 

Mas e os outros modelos de trabalho?

Os modelos totalmente remotos ou presenciais passaram a ser casos mais específicos no novo formato de trabalho.

Alguns segmentos de atuação que não dependem de interações entre pessoas ou clientes, como tecnologia e e-commerce, por exemplo, que têm adotado formas de trabalho 100% distantes, ou até mesmo em qualquer lugar do mundo, no chamado anywhere office, pois dependem apenas de um computador e boa rede de internet para desempenhar tarefas.

Já em outros casos em que é necessário contato imediato com múltiplas equipes, operação de máquinas dentro da empresa ou atendimento direto ao público implicam em trabalhos totalmente presenciais e, na maior parte das vezes é um formato inegociável o qual o colaborador deve estar ciente desde antes de assumir o emprego.

Especialmente quando o colaborador trabalha longe do escritório, é muito importante que ele possua um perfil de se autogerenciar em tarefas, tempo e desempenhe bem sua produtividade para entregas de resultados consistentes e de qualidade.

O trabalho híbrido veio para ficar, e o RH deve entender que atuar dessa forma é, certamente, um fator positivo para ganho de competitividade no mercado diante daqueles que atuam presencialmente.

Os profissionais estão buscando essa flexibilidade e, hoje, trabalhar de casa ou de onde quiser é um dos benefícios mais avaliados por quem pretende se juntar à sua organização. Seu time de RH está preparado para esta nova forma de trabalho?

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